terça-feira, 15 de maio de 2012

Estudante do 3º ano do ensino Médio - Roberta Samilli é destaque do EREMPAF


E com grande satisfação que o blog da escola Erempaf, está iniciando uma série de entrevistas com os alunos da unidade de ensino, que são destaque naquilo que eles, tem aptidão e fazem a diferença no meio escolar. É o caso da aluna Roberta Samily, do 3º ano do ensino médio, matriculada, na rede publica da escola de Referência em Ensino Médio (EREMAPF)  que gosta e sabe escrever, inclusive, com grande participação nas Olimpíadas da Língua Portuguesa, em 2008. O grande sonho da jovem Samilli é se formar como professora e voltar a unidade de ensino para lecionar história.

Roberta Samilli é um dos destaques do Erempaf

 Confira um pouco de sua história.

Filha de pais que lidam com a roça, na Fazenda Santa Fé, em Gravatá, localizado no Sítio Carapotós, os agricultores Roberto França e Maria José, nunca imaginaram que a menina na época, Roberta Samilli, em maio de 2008, cursando o 8º ano do ensino fundamental, na Escola de Referência em Ensino Médio (EREMPAF) iria chegar tão longe.

Nem a Roberta, acreditou que poderia conseguir alçar esse vôo, quando foi selecionada pelos professores de sua escola para participar da etapa estadual do concurso de redação das Olimpíadas da Língua Portuguesa, na qual Samilli disputou uma vaga para a etapa nacional com mais 6 milhões de alunos inscritos.

E, não é que Samilli conseguiu! O tema da Redação das Olímpiadas, daquele ano, denominado, a cidade onde eu moro, onde disputou na categoria memórias literárias, a jovem moça tinha, que escolher um personagem e contar a sua história, de forma poética, seguindo as regras do concurso.

Foi quando Samilli teve a ideia de contar a história do administrador da Fazenda, onde os pais trabalham, o Sr. José Damião Ferreira ( conhecido por Seu Zuza), um homem de 80 anos, foi o personagem escolhido, no qual a moça conta a história dele, em uma época, diferente da nossa, onde a tecnologia não tinha chegado a pacata cidade, e um rádio de pilha era a coisa mais moderna que existia.

Uma história cheia de sentimentos e envolvente, que classificou a jovem para a etapa nacional, em São Paulo, entre as 500 melhores redações, que disputavam a etapa final, e ficar entre os 15 melhores, a lutarem pelo 1º lugar, em Brasília.

Nossa Samilli não conseguiu ir para a próxima etapa, mas ganhou uma medalha de participação. “Acredito que se estivesse me esforçado um pouco mais, e principalmente ter tido confiança no meu potencial, pois muitas vezes deixei de acreditar em mim, por conta do pouco tempo de preparação teria conseguido chegar a final”, afirma Samilli.

“Estou muito feliz com esta conquista e espero mais outra”, com a participação no concurso de Redação de nível estadual, dentro das ações do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco, sob a temática “Moto: Direção com Prevenção, Valorizando Vidas”, na qual a aluna está inscrita pela coordenação da escola, e serão avaliados pelos critérios dos organizadores, com a divulgação do resultado, provavelmente, em junho.

Fico emocionada em ver o seu amor pela escola. Ela é uma referência em comportamento, aprendizado e boas notas, sem dúvidas é um exemplo a ser seguido por outros colegas, afirma a gestora Hialene Esley.

Confira a redação da estudante Roberta Samilli que a classificou para as Olímpiadas da Língua Portuguesa em São Paulo.


O TREM DOS SONHOS

Em meio a antiga e pequena Gravatá do ano de 1928, eu nasci e me criei. Era um lugar tão pacato, que tecnologia era um radinho de pilha.

Naquela época a infância era uma fase de ouro, na qual a inocência e as mais simples brincadeiras faziam a alegria da criançada: boneca de pano, boi de barro, carrinho de madeira, pião...Hum, isso é que era diversão!E o mais divertido dos brinquedos era a lambreta, brinquedo de madeira com rodinhas de rolimã, tão simples que para brincar com ela, as crianças tinham apenas que subirem numa ladeira para serem empurradas e descerem sentados nela. Depois era só recomeçar com outra criança.

Outra lembrança que guardo perfeitamente são dos passeios de trem que eu dava com meu pai. Muitas vezes, quando chegávamos na estação, escutávamos, de longe o apito do trem que vinha se aproximando e eu ficava admirando a fumaça que saia dele. Eu embarcava num mundo de sonhos, pois a cada lugar que o trem passava despertava em mim uma nova imagem que só eu sabia sentir. E quando a viagem chegava ao fim, pronto! Já imaginava a próxima!

Depois que fui crescendo, deixando as brincadeiras de lado comecei a trabalhar e formar minha família. No ritmo que eu mudava, minha cidade também começava a se transformar. Ganhou novas casas, novas ruas, tudo novo...Até as brincadeiras que eu brincava mudaram. E aquela estação de trem que tanto visitei, mudou. Hoje ela é um ponto turístico bem no centro da nossa cidade.

Mas eu ainda viajo através das minhas lembranças naquele trem que tanto despertava minha imaginação  e que hoje faz parte da memória da minha cidade.

Roberta Samilli da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário